Meu grande exemplo de vida.

Depois de mais uma corrida com o Projeto "Correndo Por Eles" alguém na multidão retratou o momento exato em que me emocionei.
No momento dessa foto me veio um filme lindo na cabeça, onde a Sra. minha mãe querida, avó da Carolina, apelidada carinhosamente de "Bené do Sorriso" vinha em minha direção, sempre tão acolhedora e sincera, de braços abertos dizendo o quanto me amava e o quanto tinha orgulho do seu filho querido, logo após um torneio de Judô em que tive uma das melhores colocações em minha vida (carreira).
Isso tudo para dizer que, se hoje faço o que faço pela nossa princesa "Guerreira Carolina" é porque tive um grande exemplo em minha infância e mesmo depois da maioridade. Exemplo de força, fé, garra e determinação pela vida. Obrigado Vovó Bené, hoje você não consegue se expressar com palavras mas seus olhos dizem tudo. Seu amor me move e me guia pela luta de sua neta para ir atrás do desenvolvimento e da autonomia dela, que é notório a cada dia.
A você minha princesa Carolina, fique de exemplo que seu pai hoje faz o melhor dele para que conquiste tudo e que vença todos seus desafios. Saiba que por trás desses olhos lindos de sua avó, existe uma grande alma e um coração do tamanho de um mundo, guiada sempre pela estrela daquele que amou a Vovó como ninguém nessa vida, a luz e a dignidade do seu avô Reinaldo, que está e sempre estará entre nós nos dando muita luz e orientação em nossos caminhos.
Amamos muito você Princesa Carolina!
Ass: Papai, Vovó Bené e Vovô Reinaldo.

(22/07/2019)

Pedi ao Cesar que escrevesse como é ser pai da Carolina. Nestas linhas ele abriu o coração.

Ser pai da Carolina é a coisa mais fácil e o que me dá mais prazer hoje em dia. Tive 35 anos de vida antes de conhecer esse anjo que me fez mudar os conceitos de vida e do que é felicidade. Digo a todos que nasci em 6 de setembro de 2013 e desde então a vida tem me dado algumas lições de o que realmente nos faz crescer espiritualmente. No início eu corria de casa para o trabalho e vice-versa sempre cronometrando o tempo em que iria estar longe da "Cacá", codinome que ela própria estipulou com as suas primeiras palavras, o mais engraçado é que eu havia dito a minha esposa que a chamaria de Cacá, mas ela não achou graça nenhuma, e quando nossa princesa se auto titulou de Cacá comecei a entender nossa ligação. Eu ficava ansioso para chegar em casa e olhar para aqueles olhos que não se definiam se eram azuis, cinzas etc... no final eram mesmo castanhos kkk! Eu ficava um pouco ansioso pois ela não interagia muito, talvez eu achasse que nos primeiros meses de vida ela já iria perguntar: como foi seu dia papai?! Mas enfim o tempo foi passando e quando a mãe desconfiou que algo estava errado (aos 8 meses de vida) foi como se o mundo abrisse um buraco e eu não poderia enfiar a cabeça pois senão nossa família iria ser soterrada viva. Foram meses de angústia com as trocas de médicos, batalhas atrás de exames e desafios das terapias diárias conciliadas ao meu trabalho, que apesar de uma flexibilidade de horários, precisei restringir e diminuir o tempo em que eu ganhava dinheiro para estar com nossa princesa nas batalhas diárias e nas viagens da mãe. Me lembro bem que a minha esposa, Fernanda, viajou por 11 dias a trabalho, com Cacá ainda pequena e eu me perguntei: - Será que dou conta? Apesar de sempre passar uma postura do tipo: - Eu consigo! A cada viagem, a cada crise de ausência onde a mãe morria aos poucos, a cada noite não dormida devido à "terrores noturnos" e a cada choro de nossa princesa devido à prisão de ventre, o papai dentro de mim dizia: - Você é o alicerce, não deixe de levantar o muro para escorar e proteger sua família. Só o vosso amor e a vossa parceria é que fará com que tudo isso mude, e que esse jogo que parece perdido se reverta. Pois assim aconteceu. Tivemos momentos onde até a nossa relação de casal foi abalada e comprometida, mas o amor falou mais alto e hoje, pouco antes do quinto aniversário de nossa princesa posso dizer que somos uma família de guerreiros e muitas das nossas vitórias se devem ao amor e à resiliência. Nossa Cacá veio ao mundo para nos ensinar o que é o amor e o verdadeiro significado da palavra "lutar". Sem ela, metade de nossas vitórias teriam sido derrotadas em batalhas diárias. Hoje agradeço por ter o mais belo e precioso bem que Deus me concedeu que é minha família. Obrigado a mamãe da minha filha que muitas vezes, com seu jeito direto e honesto de ser, me mostrou os caminhos a serem seguidos com clareza. 

O dia do Pai

10/08/2018

Infelizmente o meu pai não está mais presente, apesar de o sentir ao meu redor principalmente nos momentos mais difíceis. A saudade não doi mais...

Tenho a sorte, de ter ao meu lado o pai da minha filha, que sim, é um verdadeiro paizão.

A nossa rotina não é nada fácil. Ele acorda todos os dias antes das 5h, para trabalhar intensivamente até a hora de a pegar na escola e levar para as terapias de tarde, para lá e para cá, para que eu possa trabalhar tranquilamente e no fundo para um bem maior. E sei que o faz com amor e dedicação.

A ligação do Cesar e da Carolina é linda. É repleta de sorrisos, brincadeiras, palhaçadas, gargalhadas e "beijos de novela" sem fim. Ele olha para ela e diz: "cresce não", com aquele jeito de menino carinhoso.

Ele dá banho, seca cabelo, dá o jantar, ajuda nas tarefas da escola e da casa, faz penteados, com muito prazer. Sim, ele é o pai que sempre sonhei ter para o meu filho.

Hoje assisto de perto o filho que é também. A forma como cuida e protege a mãe. A forma incansável como leva a D. Bene para as corridas do "correndo por eles" e gere o projeto. E assisto de perto, ao lado, o quanto os papeis se invertem. Primeiro os pais cuidam dos filhos, depois são os filhos que cuidam dos seus pais.

E com o amor e dedicação que damos à Carolina e o exemplo de vida que fazemos questão de trazer para a nossa rotina, não tenho a menor dúvida que um dia, se Deus quiser ela cuidará de nós.

Quero agradecer do fundo do meu coração o amor e dedicação que você dá todos os dias, de forma única à Carol. 

Lembro de te ter levado no nosso primeiro "date" (o tempo voa) a um concerto de violino, na igreja de Santa Catarina no Chiado (só eu mesmo, não é?). Ali você me disse que desde a morte do seu pai, que você não entrava em uma igreja.

Ali senti que realmente os nossos destinos estavam traçados... mas naquela altura nem imaginavamos como...

Sou muito grata a você por ter acreditado, mesmo quando em alguns momentos me faltou fé no peito.

Que Nossa Senhora de Fátima te proteja hoje e sempre, papai Cesar.

"Você faz parte desse caminho... que hoje eu sigo em paz" 

Com Amor, Fernanda.