Inclusão

Corações repletos de sementes do Amor

03/07/2020: "esefosseoseufilho?"

Acontecimentos recentes me fizeram cair de joelhos no chão e quase perder a fé nas pessoas... 

Eu faço parte de diversos grupos de mães atípicas e com o Blog da Carolina passei a conhecer muitas histórias...

Lembro de ler em um livro uma mãe contando que o filho não era bem vindo na escola/turma porque os pais dos alunos restantes achavam que essa criança atípica atrapalharia as outras crianças. Esse menino tem paralisia cerebral.

Depois lembro de ler de outra mãe que o filho com autismo nunca era chamado para festinhas de aniversário.

Outra, que quando o filho entrava na piscina do condomínio, as crianças saíam.

E por ai vai... poderia ficar aqui listando dezenas de situações.

A idade vindo e com isso a maturidade pela maternidade, aprendi na pele que só entendemos aquilo que vivenciamos realmente. Mas há pessoas que nem assim...

Hoje em dia com as redes sociais e tantas temáticas de inclusão ativas, acho que o tema é bem mais profundo, porque só não sente e não vê quem não quer. 

É ...  olhar o mundo além do umbigo é um desafio e tanto!

Sermos capazes de nos colocar no lugar do outro racionalmente, mais ainda.

Entendo que a minoria perde sempre. Que é mais facil pensar em excluir 1 do que modificar, adaptar ou ajustar 10.

Mas cabe a nós famílias atípicas não desistir de lutar por um mundo melhor e mais justo. JAMAIS!

Infelizmente eu me lembro de uma vez num shopping, a Carolina brincava num parquinho, devia ter uns 3 anos. Uma mãe que não me conhecia, mas entendeu que a Carolina tinha limitação me disse friamente e na lata: "você acha que vai conseguir proteger sua filha para sempre? Vai se acostumando que crianças irão empurrá-la, até de propósito ou por maldade, que muitos irão tratá-la como uma pessoa deficiente que é". Engoli em seco. Perdi meu chão. Um soco no meu estômago.

Como não esperava aquelas palavras assim, duras, frias, com maldade não tive reação e as minhas lágrimas escorriam pelo meu resto sem parar. "Litros" de choro... molharam a minha blusa.

Um pai que não me conhecia, veio até ao meu lado e perguntou se eu precisava de algo, respondi: mais amor no mundo!

Se cada mãe se fizesse a seguinte pergunta a si mesma, mas de verdade, de uma forma pura e dura: "e se fosse o meu filho?" acredto que o mundo seria mais gentil e humano. 

#esefosseoseufilho?
 


05/03/2020: Você respeita o seu filho como ele é?

Eu acompanho o incrível perfil da Maria Karina no instagram, onde ela conta a rotina diária em família com a linda Antonia. Todas a cores e letras são fortes e emocionantes.

Hoje li mais um dos seus incríveis textos e com a sua autorização partilho com orgulho aqui no Blog, uma vez mais um pouco das suas palavras.

Esta temática me fez parar e respirar fundo, principalmente porque através do Blog e na nossa rotina, conheço diversos casos... e já recebi vários pedidos de ajuda, na esperança que através do Blog algo mude nesses corações e almas... de pessoas até que não conheço.

Um texto que espero que alcance diversas famílias e espero que toque os vossos corações de verdade. 


"você respeita o seu filho como ele é? 
algumas dessas ideias se concretizaram de fato, mas não como imaginamos. no aniversário de um ano, Daniel presenteou Antônia com um órgão, mas ela nunca deu função ao instrumento. eu comprei o macacão de bolinha e fomos à praça, contudo, Antonia não desceu do meu colo, ela tinha pavor de explorar lugares desconhecidos por conta de sua alteração sensorial. nossa filha, ao nascer, por conta de uma síndrome genética rara, não se parecia conosco. é fato que lidar com qualquer tipo de deficiência é sempre complicado, mas, para pais de filhos deficientes, isso parece ser algo mais difícil ainda.
num mundo em que por muito tempo, e até agora, o padrão é uma "família típica", não é de todo estranho que os pais rejeitem qualquer diagnóstico que tenha como premissa que seu filho seja diferente. o que muitos pais, que rejeitam o diagnóstico, não se dão conta, é que quanto mais demora para aceitar e procurar ajuda, mas atrasa o desenvolvimento do filho.
apesar de hoje haver mais informação e mais visibilidade no combate ao capacitismo, há muito ainda a ser feito. uma parcela significativa da sociedade ainda manifesta aberta ou veladamente sua discriminação. muitos pais não estão isentos disso. portanto, é imprescindível que eles possam pensar as relações com seus filhos para além de suas idealizações. embora a imaginação imperiosa dê aos filhos os sonhos que são nossos, é preciso respeitar os desejos que ainda não nasceram, os sonhos que eles podem criar sozinhos, e abraçar o que a vontade dos pequenos revelar.
apesar de hoje haver mais informação e mais visibilidade no combate ao capacitismo, há muito ainda a ser feito. uma parcela significativa da sociedade ainda manifesta aberta ou veladamente sua discriminação. muitos pais não estão isentos disso. portanto, é imprescindível que eles possam pensar as relações com seus filhos para além de suas idealizações.embora a imaginação imperiosa dê aos filhos os sonhos que são nossos, é preciso respeitar os desejos que ainda não nasceram, os sonhos que eles podem criar sozinhos, e abraçar o que a vontade dos pequenos revelar." a relação entre pais e filho começa muito antes do nascimento em si. logo que descobrimos, aos 5 meses, que esperávamos uma menina, começamos a imaginar um mundo para ela. saímos da obstetra e compramos dois vestidos brancos com detalhes coloridos. depois, escolhemos seu nome: Antonia. Daniel supôs que ela seria instrumentista, e que deveria comprar um órgão para ela; eu pensei em como iria ser levá-la com um macacão de bolinhas para passear na praça; passamos uma tarde pensando com quem ela iria se parecer mais. ou seja, muito antes de nossa filha vir ao mundo, ela já estava marcada por uma série de projeções e idealizações.
algumas dessas ideias se concretizaram de fato, mas não como imaginamos. no aniversário de um ano, Daniel presenteou Antônia com um órgão, mas ela nunca deu função ao instrumento. eu comprei o macacão de bolinha e fomos à praça, contudo, Antonia não desceu do meu colo, ela tinha pavor de explorar lugares desconhecidos por conta de sua alteração sensorial. nossa filha, ao nascer, por conta de uma síndrome genética rara, não se parecia conosco. é fato que lidar com qualquer tipo de deficiência é sempre complicado, mas, para pais de filhos deficientes, isso parece ser algo mais difícil ainda.num mundo em que por muito tempo, e até agora, o padrão é uma "família típica", não é de todo estranho que os pais rejeitem qualquer diagnóstico que tenha como premissa que seu filho seja diferente. o que muitos pais, que rejeitam o diagnóstico, não se dão conta, é que quanto mais demora para aceitar e procurar ajuda, mas atrasa o desenvolvimento do filho." 
Mãe da Antonia, Maria Karina


17/01/2020: Talitta a mãe do Henrique

Convidei mães de amigos da Carolina para escrever para o Blog, falando livremente sobre inclusão. A Talita mãe do Henrique, me fez chorar na semana passada em pleno aeroporto, quando recebi o texto em baixo. Quanta gratidão levo no meu peito, pelo Henrique fazer parte da vida da Carolina. Os dois dizem que vão de férias para a Bahia... morremos de rir.


"Acho que Carol e Henrique estudam na mesma creche desde que ele entrou , mas apenas recentemente ficaram na mesma turma. Foi quando conheci a Fernanda, em um grupo de mães.

Confesso que fiquei curiosa quando a Fernanda mandou um texto sobre mães especiais. Em seguida, o blog. A Carol era especial??

Sou médica, mãe de uma criança da idade da Carol, nao consideraria meu olhar tão desatento assim.

Mas passou, sim, despercebido para mim.

Talvez porque a via brincando na creche.

Talvez porque participava das festinhas.

Talvez porque quando brincamos em casa, muitas vezes meu filho diz que eu "sou a Carol".

Talvez porque meu filho nunca fez nenhum único comentário em relação a prótese.

Um texto tão lindo... qto ingênuo e até egoísta...

Escrevi o texto acima há uns bons meses atrás, maravilhada quando as conheci e também conheci sua história .

Há uns dias encontrei um vídeo das crianças brincando na creche, na aula de música.

Dessa vez, olhei para Carol com olhos de ver.

Realmente, dificuldade p andar, mas aproveitou a aula, dançou e brincou como todos.

Tive vergonha de mim: eu só tinha olhos para meu filho, era incapaz de olhar p o lado!!!

Quantas vezes isso acontece em nosso dia- a-dia? Estamos tão imersos nos nossos problemas, rotina, no celular, que não atentamos para o ambiente e as pessoas ao nosso redor.

E para INCLUIR alguém, é necessário VER o outro, colocar-se no LUGAR do outro, RECONHECER sua limitação, PREVER E ANTECIPAR suas necessidades e limitações.

Mais fácil falar, do q fazer...

Esse blog me ajudou muito a ter mais sensibilidade e empatia.

Passei a falar mais c meu filho sobre solidariedade, gentileza e respeito ao próximo.

Hoje, tenho a oportunidade de dizer em público o que fiquei com vontade de falar para vocês a 1a vez que vi o blog.

Fernanda e César, Parabéns por toda a trajetória de vocês, pelo exemplo de família, solidariedade e determinação!"

Talitta (mãe do Henrique)


22/09/2019 Surf com a Camila Fuchs Chaves

Um certo dia, vendo uma foto de surf no Instagram comecei a acompanhar a Camila. É incrível ver as suas fotos de surf e tudo o que envolve. Um exemplo para tantas mulheres e jovens.

Convidei-a para escrever um texto para o Blog e tive a honra de o receber e poder partilhar aqui as suas palavras:

"Nascer com uma deficiência pode parecer mais fácil, mas não é, pois o preconceito existe e luto diariamente para ser vista como um ser humano como outro qualquer, para que eu seja reconhecida pelo que sou e não pela deficiência que tenho, para que meu trabalho seja reconhecido por ser bom e não pela minha deficiência, não quero mais receber parabéns por coisas que todas as pessoas fazem, quero um mundo com mais informação,mais inclusivo,mais acessível e com mais respeito a todos os seres humanos para que não sejam tratados como "diferentes" ".


#dianacionaldelutadapessoacomdeficiência
#mielominingocele

Camila Fuchs Chaves




14/09/2019: Ensinamentos da Rafaela

A Andréa, mãe da Rafaela, me enviou o seu testemunho e fiquei tão comovida com a sua história e me revi tanto, mas tanto nas suas palavras que decidi publicar o seu testemunho em duas partes. Uma aqui e outra nos testemunhos (onde conta um pouco da sua coragem e amor).

Andréa levanta uma bandeira para um mundo mais inclusivo e isso precisa ser partilhado e partilhado para levar esse amor tão intenso e puro pelo mundo...

Leia de seguida as suas palavras e entenda o que senti:

"Ninguém está preparado para um filho com alguma deficiência, não passa pela nossa cabeça essa possibilidade. Então, o primeiro e mais importante ensinamento foi a aceitação. Aceitar as dificuldades, aceitar os desafios, aceitar tudo da melhor forma possível.

A Rafa também me ensinou a amar e a respeitar as diferenças, a pensar em inclusão todos os dias.

Aprendi como a mãe da Rafa a agradecer e a comemorar todas as pequenas conquistas dela, por mínimas que pareçam. Um simples levantar sozinha, engatinhar, sentar, ir ao banheiro. Cada conquista era um acontecimento, uma chuva de alegria e gratidão.

A Rafa é especial em tudo. Vejo felicidade estampada em seu rosto nas pequenas coisas do cotidiano. Quando vê uma onda no mar, uma pipa no céu, o balançar do galho de uma árvore.

Ela percebe que faz parte de uma família e se sente querida. Adora estar com as pessoas, valorizando o ser e não o ter.

É um ser puro. Não dá a mínima chance para o ódio, a inveja, o interesse, a esperteza, o rancor. Só quer dar e receber amor. Estas coisas me encantam, me orgulham, me fazem crescer.

Apesar de a Rafa não falar, nossa comunicação é perfeita. Nós nos entendemos bem porque falamos a linguagem do amor.

Nós nos conectamos sem wi-fi, sem iPhone, sem e-mail, sem WhatsApp.

A nossa rede é o olhar e a senha é o amor." 



14/07/2019: Um amor inesquecível.

A Milena Rodrigues é filha do herói Sebastião. Li esta semana, em um grupo de WhastApp, um breve texto onde a Milena falava o que sentia, de forma emocionada, em levar o pai no projeto "Correndo por eles" (#correndopeloalzheimer). 

Na mesma hora a convidei a escrever sobre inclusão e amor aqui para o Blog e de imediato ela aceitou. 

Neste caso não é amor de mãe para filho, mas um amor puro e verdadeiro, de filha para pai, que me emocionou de uma forma intensa, principalmente por ter tantas saudades do meu pai Fernando...

Nas linhas em baixo, ela descreve tudo o que ela sente e sentiu com o pai e a sua luta diária com a doença de Alzheimer. Com um enorme carinho e o peito cheio de amor, sugiro a leitura do texto seguinte:

"Sempre ouvi dizer que o amor era algo inexplicável e inesquecível, mas acho, que fato, nunca havia vivenciado esse amor até o Alzheimer chegar em minha vida.

Como pode existir algo tão forte?! Sempre me perguntei!! Lembro-me bem do dia em que encontrei meu pai perdido na rua de nosso bairro, sem saber como chegar em um lugar onde íamos sempre... foi uma mistura de sensações e preocupações.

Como assim não lembra?! Será só um esquecimento normal?! Até porque quem nunca se esqueceu de algo, né?! Peguei meu pai o levei onde pretendia ir e voltamos para casa. O tempo passou e outros esquecimentos vieram, coisas simples, mas constantes. Opa!! Chegou então a hora de ir ao médico ver como andam as coisas. Exames de rotina, uns remédios para ajudar nos esquecimentos e vamos prestar mais atenção no papai, disse o médico.

Não demorou muito tempo para nossas vidas se transformassem, meu pai, sempre muito trabalhador simplesmente parou, não se lembrava de muitas coisas e começou a ver coisas que não existiam. Nesse momento o tão temido laudo já havia chegado. Sim, meu pai tem Alzheimer!! Meu primeiro pensamento e único por muito tempo foi: E agora?! E agora?! Meu Deus, e agora?!

Há quase 7 anos estamos aprendendo a cada dia a lidar com as demandas de se ter alguém com Alzheimer. Tivemos diferentes fases, umas boas, outras ruins, outra que nem sei como passamos, mas sempre aqui.

Lembro-me bem de ouvir do médico no início a seguinte frase: Você conhece essa doença? Ela destrói a família!! Tudo que você ama no seu pai vai sumir. Cuide-se, cuide da sua mãe também e seja forte.

Gelei nesse momento!! Então resolvi estudar sobre (foi minha pior escolha). Na época só encontrei relatos muito ruins, descrições péssimas das fases da doença e muita tristeza. Adoeci! Sofri por cada linha que li, cada história que conheci e por IMAGINAR tudo que poderia vir. Para mim as nossas vidas perderam o sentido, meu herói foi derrotado e eu não tinha forças.

Chegou então o primeiro dia dos pais pós Alzheimer. Foi duro, foi difícil, mas também foi o primeiro que pude tomar café da manhã com ele sem ele ter que sair correndo para trabalhar. Foi o que eu precisava!! Meu pai ainda estava ali!! A doença não era ele, ela só transformou nosso modo de viver.

Resolvemos simplesmente viver, cada dia é uma batalha única, cada batalha uma vitória, cada vitória um novo motivo para não desistir. E olha que tem dias que a vontade de desistir parece mais forte que uma avalanche com tsunami... rsrsrs

Existe uma pergunta que respondo ao longo desses quase 7 anos "seu pai lembra de você?". Não! Não sabe o meu nome! Não me chama! Não sabe que sou filha dele! Não! Não! Não! Mas eu sei e isso basta!! Doeu saber que ele não se lembra de mim, dói ainda. Mas existe algo maior que isso, algo inexplicável e Inesquecível, o AMOR!! Ah, O AMOR!! É de fato o que nos mantém nessa batalha, ele não se lembra de mim, da minha mãe, meu irmão e da sua única neta, mas nos ama!! Não sabe quem somos, mas não fica longe da gente. Simplesmente sabe que precisa do nosso amor e nos do dele.

Por fim, o Alzheimer é isso, é descobrir a verdadeira essência do amor, é amar mesmo quando não nos reconhecemos, é amar mesmo quando ninguém consegue entender, é entender que amor está em simples gestos, é simplesmente esquecer que PRECISAMOS DE MOTIVOS PARA AMAR!!!" 

(Escrevi mil vezes, chorei mais 10 mil...)

Milena Rodrigues


13/06/2019

Eu sigo a Karol e Pedro faz tempo! Cheguei a postar um texto dela incrível no começo do Blog,  no diário.

Tudo o que ela faz e transmite, assim como o Pedro, representa bem a palavra inclusão.

Assim quero aproveitar para divulgar o seu novo livro:

Com seu olhar sempre curioso, o livro é um convite de Pedro para todos viajarem com ele, e descobrir qual é a nossa verdadeira missão nesse mundo.

Que todo mundo pode ser um pouco de Pedro e Pedro pode ser um pouco do mundo. Nos fala sobre a coragem de ser quem somos, e pergunta: qual o mundo que você merece viver?

Pedro, O Pequeno Grande Príncipe é uma obra que nos faz enxergar a empatia nos pequenos atos da vida. Fazendo uma leitura da obra, fazemos uma leitura da vida.

No seu último livro, "Pedroca, O Menino que Sabia Voar", Karolina Cordeiro (mãe do Pedro) vê um Pedro crescido e consciente do que veio fazer na Terra. Um menino que cresce, mas que continua sorrindo com os olhos e grato por estar vivo a cada segundo.

Que todo mundo que tocar nesse livro, possa sentir um amor genuíno que mora em nossos corações! ❤️

Instragram: @livropedroca


16/03/2019

Conheço a Lucia através do projeto Correndo Por Eles. A convidei a escrever sobre a temática inclusão e no próprio dia, fui presenteada com essa partilha maravilhosa, sobre o projeto Pró-Amor. Que todos possamos aprender com ela, com esse coração gigante:

"Queridos amigos, gostaria de compartilhar com vocês, no blog dessa linda amiga do meu coração, Fernanda e de sua guerreirinha Carolina, linda e destemida menina, um pouco da minha experiência.

Participo há exatos 1 ano de um grupo de apoio e inclusão social de moradores de rua, o projeto Pró-Amor.

Esse projeto nasceu através da semente de amor plantada no coração de uma grande amiga, Rosângela Ganem.

Através dela e de seus sobrinhos Bruno e Rafael Ganem, meninos maravilhosos, do bem, perseverantes, o projeto tomou um vulto grande e hoje em dia vai para as ruas em suas missões de 1 a 2 vezes ao mês, sempre aos domingos doando amor, alegrias e bens materiais.

É um engajamento diário de diversas pessoas envolvidas, tentando amenizar um pouco o sofrimento dessa gente.

Não é fácil. Problemas como drogas, conflitos familiares e psiquiátricos, encontramos muito.

Mas com muita dedicação e carinho tentamos ajudar sempre.

E a cada dia que a missão é realizada, vemos que eles têm muito a nos ensinar. Pessoas que passam por conflitos tão sérios e mesmo assim têm uma palavra de carinho e fé a nos transmitir. Essa troca é mágica. Durante este tempo que participo do projeto tive a felicidade de conhecer o Sr. Soares, morador de rua que conseguimos com um aluguel partilhado por alguns amigos do projeto, tirá-lo da rua. Ele hoje trabalha e com isso adquiriu um pouco sua autonomia e auto-estima.

Não é fácil, porque muitos, por algum motivo sentem a rua como a sua morada.

Mas com muita determinação, trabalho e amor ao próximo este grupo do projeto faz o seu melhor.

Quem quiser conhecer um pouquinho dessa história, acesse o Facebook e Instagram.

Pró-Amor é o nome dele.

Beijos em todos e que possamos continuar a fazer o bem. Esta é a nossa maior missão."

Lucia Pinho


20/02/2019

Quando conheci o Jefferson e a sua alegria de viver, nem sonhava a história que existia por trás do seu sorriso radiante. É um Homem com letra maiúscula. Um exemplo de dignidade, confiança, emoção e dedicação ao próximo, sempre incansável.

Mas me emocionou mais ainda quando conheci um pouco melhor a sua hitória de vida. E que história... Lembro quando o Cesar me contou que ele tinha deixado o cabelo crescer e depois o cortou para doar. Ou quando ele nos visitou em casa para falar do projeto correndo por eles e contou que tinha viajado com a esposa de carro pela América Latina no mês anterior.

É uma Honra tão grande, mas tão grande ter um texto seu aqui, querido amigo.

Que o sorriso que tenho no rosto cada vez que nos encontramos passe para o rosto de cada pessoa que ler aqui o seu testemunho:


"Minha identidade com César e a Fê se intensificou mais ainda porque me aproveitei, só um pouquinho, do amor e carinho deles pela sua filha Cacá e pela nossa querida D. Benê, mãe do Cesinha.

É tanto amor que transborda do casal que envolve todos nós que os conhecemos, alcançando a quem os encontra pela primeira vez. Essa forma de agir, na minha ótica, demonstram que eles compartilham da mesma crença que eu, qual seja, que a vida é um desafio que recomeça a cada amanhecer e que devemos acreditar no bom coração das pessoas.

Cada dia, no raiar do sol, a vida recomeça. Recomeça não do zero, entretanto, nos primeiros raios de luz, deve-se rever conceitos e pensamentos do que é ser feliz e do que significa seguir em frente, para não ficar na escuridão, libertando-se das amarras e das correntes pesadas da tristeza.

Todos os dias a vida muda, porém, muitas vezes, algumas mudanças são tão radicais que parece que ficamos sem chão. É nesses dias marcantes, de transformação da vida em um corredor sem fim, que o amor, o carinho e o companheirismo permitem superar e caminhar na direção do bem e da felicidade, encontrando luz onde só podia haver escuridão.

Acredito que o legado de amor e carinho que semeamos anteriormente, no trabalho e a convivência diuturna junto à família e sociedade, florescem em dias tenebrosos para nos proteger e auxiliar a expulsar o desanimo e a tristeza.

Penso exatamente dessa maneira e vou contar um pouco da minha experiência de vida.

Casei com a Gaby e logo, logo tive três filhos maravilhosos que os considero uma benção divina. Foram três bençãos, um menino e duas meninas muito especiais que eram portadoras da síndrome de Hertz.

As meninas especiais partiram rápido, uma partiu aos 5 e outra aos 12 anos. Deus as levou cedo demais para o nível celestial, pois os anjos não podem ficar fora do céu. Entretanto, no pouco tempo que ficamos juntos, brincávamos, passeávamos e levávamos elas a todos os cantos, convivendo de uma forma muito feliz e alegre. Mas, não posso negar que, vê-las partir tão cedo foi extremamente doloroso para todos nós.

O meu porto seguro sempre foi a minha família e nela me apoiei. Os amigos e amigas mais próximos, verdadeiros irmãos e irmãs, são parte efetiva da minha família e assim fizemos uma grande parceria, vivendo amalgamamos o amor e o carinho mútuo.

Profissionalmente a vida foi muito intensa e consegui ser nomeado comandante de quartel por três vezes, que é um feito que muito poucos oficiais conseguem.

Quando me acidentei, eu era um paraquedista e um piloto de parapente experiente, com mais de quatorze anos de voos e, naquele momento, foram arrancadas a minha mobilidade e muito da minha saúde, mas é importante ressaltar que nada além disso perdi. Naquele dia, 07 de junho de 2014, Deus e os Santos continuaram a me abençoar e proteger, pois me ampararam de uma queda resultante de uma pane de equipamento que iniciou-se aos 560 metros de altura, permitindo-me sobreviver mentalmente são, e, além disso, ter ao meu lado a minha família e meus amigos que cercaram-me de carinho, amor e orações.

Os amigos literalmente deram muito de seu sangue, a ponto de ser preciso a direção do Hospital das Forças Armadas de Brasília mandar parar de doarem, pois a capacidade de estocar o meu tipo de sangue fora superada em muito.

Agora, nestes novos tempos em que sou cadeirante, há necessidade de superar os obstáculos que muitas vezes nos impedem de transitar livremente por alguns lugares e recantos das cidades. Somos todos expostos às pessoas que por vezes estão despreparadas para tratar com deficientes (PcD), mas que, todavia, entretanto... ao primeiro sorriso sincero distribuído, se abrem e transformam os obstáculos em conexões, transformam as palavras em reflexões sobre ser humano e se preocuparem com o próximo, que é PcD.

Nós PcD não podemos ficar trancados em casa e não podemos nos esconder dos atritos sociais inevitáveis, ao custo de sermos obrigados a arrastar, sozinhos, as ditas correntes da tristeza e impedirmos que a sociedade se eduque e evolua na direção do amor ao próximo. Não podemos privar as pessoas de nossa oportuna convivência.

Sabe-se que a Legislação brasileira é efetiva na proteção dos direitos dos PcD. Os impostos e taxas cobradas são ferozes e cada um de nós paga valores altos querendo ou não pagar. Em contrapartida, a realidade do fornecimento de medicações e matérias, das ruas e calçadas, dos prédios, dos transportes, dos atendimentos médico, sejam esses públicos ou privados, que tanto necessitamos, deixam muito a desejar.

O que fazer para acordar o Estado brasileiro para essa realidade? Parados não podemos ficar.

Assim, e exatamente por isso, faço parte do Projeto Correndo Por Eles, que tem a proposta de ajudar, como irmãos, as famílias e os PcD a superarem os momentos difíceis, apoiando-se mutuamente em triciclos de corrida: os condutores, os conduzidos, os familiares e os voluntários. Tudo em uma constante demonstração de amor e carinho de parte a parte, e todos, sem exceção, ganham, pois só Deus sabe quem mais precisa de tudo o que fazemos. A superação de cada prova simboliza o romper das barreiras do comodismo, saindo da zona de conforto para fazer o bem sem importar a quem.

E como diz Cora Coralina...

"Desistir... eu já pensei seriamente nisso, mas nunca me levei realmente a sério; é que tem mais chão nos meus olhos do que o cansaço nas minhas pernas, mais esperança nos meus passos, do que tristeza nos meus ombros, mais estrada no meu coração do que medo na minha cabeça."

Vamos em frente amigos, trabalhando com o coração aberto e demonstrando para a sociedade a importância de estarmos sempre buscando soluções que são baseadas na família, nos amigos e na convivência no seio da sociedade."

Jefferson Lages 


05/02/2019

A minha dermatologista querida, Dra Cibele, uma vez em consulta me contou sobre a Lalá e a querida Tainá. Só de lembrar já me emociono. Comecei a seguir o seu perfil no Instagram e fiquei apaixonada pela linda e guerreira Lalá. Não nos conhecemos, ainda, pessoalmente mas falamos com alguma regularidade, sempre sobre a evolução das nossas princesas guerreiras e nos ajudamos sempre.

A Lalá é realmente uma criança com energia e garra de 100 adultos juntos. Sempre com um sorriso no rosto. Acredito de verdade que a Tainá é o verdadeiro motor para toda essa coragem. Pedi que escrevesse novamente para o Blog, mas agora contando a sua experiênica sobre o tema Inclusão:

"Minha filha Larissa aos 2 anos sofreu um acidente de carro e teve uma lesão medular, perdendo movimentos abaixo da cintura, além da capacidade de urinar.

Um belo dia eu estava correndo atrás dela no shopping, estava tirando ela de cima do armário que ela escalou, estava comemorando que ela foi a primeira que desfraldou no berçário... e no outro... voltamos a estaca zero... ela não conseguia andar, correr, pular, precisava novamente do carrinho de bebê para longas distâncias, precisava de fraldas e de sondas 4x ao dia...

Quem de nós está protegido de uma virada de 360° na nossa vida ou na vida de quem amamos?

Quem de nós precisa conversar sobre inclusão?

Todos nós precisamos saber o que é inclusão e como fazer inclusão!!!!

Existe uma curiosidade muito grande sobre mim que eu vou contar a vocês... Eu acho muito difícil fazer inclusão, admiro muito quem sabe fazer, procuro ajudar quem quer aprender e fico super triste com quem não se importa e simplesmente exclui.

E devo deixar claro aqui, que nesse assunto a exclusão sempre será a saída mais rápida e mais fácil... mas não é o caminho certo, quem somos nós para dizer que alguém não é capaz de algo?

Antes do acidente da minha filha, eu achava que fazia inclusão... funcionava no automático...

Sou médica, já atendi inúmeros pacientes com déficit motor e cognitivo, sempre fui muito atenta, procurava estar em um consultório que fosse fácil entrar a cadeira de rodas, ajudava a colocar o paciente dentro do consultório, a transferi-lo para maca., respeitava deficiente na fila,na vaga...

Mas inclusão é um processo muito maior que transpor barreiras físicas: uma ladeira, um banheiro adaptado, uma vaga adaptada... tudo isso não é mas deveria ser natural... Mas pode acreditar... barreiras físicas são mais fáceis de resolver que incluir verdadeiramente um deficiente em suas atividades diárias.

E quem mais me ensina sobre a verdadeira inclusão é uma criança de 5 anos... a própria Larissa.

Então a primeira coisa que podemos aprender sobre inclusão é que não precisa ser adulto, ou inteligente ou professor ou doutor para abrir nosso mundo para as diferenças e para os diferentes.

Um dia acordamos e fomos em uma praça que tinha um brinquedo com escadas, na mesma hora pensei... melhor eu ir embora... e ela falou uma frase que me fez entender o que era INCLUSÃO: "Vou subir DO MEU JEITO!". E lá foi ela... subiu de joelhos a escada, atravessou a ponte engatinhando e desceu o escorrega! Eu fiquei muito emocionada! Foi lindo!

Nesse dia aprendi que se fosse seguro, eu sempre deveria permitir que ela fizesse. E ela sempre tem um jeito incrível de adaptar o movimento e de fazer o que parecia impossível para ela. A superação dela enche nosso coração de alegria! A alegria que sinto é indescritível...

Outro ponto interessante, é que para fazer a inclusão temos que ser CRIATIVOS, um dia nas férias acordei e perguntei... "O que vamos fazer hoje?" E ela respondeu empolgada... "Vamos pedalar no velocípede!" Eu perdi o ar por uns segundos... e respondi... "Que idéia ótima!" Peguei o velocípede empoeirado... guardado desde o acidente, fixei os pés dela no pedal com uma atadura, adaptei algo para empurrar... e lá fomos nós para uma manhã feliz... e para minha surpresa... alguns meses depois... após alguns passeios pedalando passivamente... ela conseguiu finalmente pedalar sozinha!!!!

Incluir não é fácil... requer dedicação, boa vontade, generosidade, disponibilidade, solidariedade, humildade e capacidade de se colocar no lugar do próximo.

E as vezes mesmo tendo todas essas qualidades é difícil acertar, simplesmente porque temos que aprender a fazer inclusão...

Não esqueço um professor maravilhoso da academia da Larissa q na primeira aula mesmo sabendo da limitação da Lalá, quando iniciou a aula foi no automático e falou... aquecimento... pique pega... as crianças sairam correndo e Larissa engatinhando no meio delas... eu entrei no meio da brincadeira... peguei Lalá no colo e sai correndo atrás dos amigos com ela no colo... ela se divertiu mas se tivesse ficado no chão podia ter se machucado... No final da aula, ele veio super sem graça pedir desculpas... disse que não sabia mas ia aprender a contornar a situação... na aula seguinte quando chegamos... ele falou... Larissa não saiu da minha cabeça.... aprendi muito nessa semana planejando essa aula... e todos os movimentos que ele deu, estavam adaptados de forma que todo o grupo estivesse apto a fazer. Tem história mais linda?

Concluo então que, a inclusão bem sucedida é quando damos a quem tem qualquer limitação, oportunidade de fazer o que estamos fazendo da forma que seja possível e segura para ele,

O assunto precisa ser discutido exaustivamente, precisa ser vivido na prática... a inclusão é boa para TODOS, para quem é beneficiado e para quem vive a superação do próximo.

Em um lugar onde há inclusão, o seu espaço no mundo não precisa ser conquistado, ele está lá e é seu... Basta chegar com todo seu charme e beleza peculiar e ser feliz!"

Tainá Anelhe Moura, mamãe da Larissa


01/02/2019

Ainda me lembro a primeira vez que vi o Rodrigo e o Biel correndo. Eu Eetava a caminho da praia da macumba para surfar e cruzei-me com os dois no calçadão. Aquele momento me marcou para sempre. Quanto amor e garra, impressionavam qualquer um. A Carolina ainda tinha a saúde bem fragilizada e senti uma emoção gigante o dia inteiro. Mais tarde acabamos por nos reencontrar no projeto correndo por eles.

Decidi através do seu depoimento sobre inclusão, abrir este Blog em algumas sessões aos pais. Aos Pais Guerreiros como a minha Carolina tem a sorte de ter e, tantos outros, que nos fazem acreditar que ser Pai especial é um presente da vida.

Vão entender o que senti, quando lerem as suas palavras em baixo:

"Vivemos num tão loucos, onde coisas absurdas acontecem sem que muitas pessoas tenham noção que aquilo acontece ao seu lado. Muitas pessoas vivem olhando para o seu, para frente, sem sequer notar que existe um mundo vivendo ou querendo viver normalmente bem ao seu lado.

Incluir, inclusão,....são palavras que nós pais especiais ouvimos muito e vivemos procurando diariamente maneiras para que isso ocorra de maneira mais natural possível, mas muitas das vezes nos perguntamos: como fazer? Estou no caminho certo? Isso é incluir? Isso é inclusão?

Eu Rodrigo, pai de Gabriel (Conhecido como Biel), hoje com 16 anos, encontrei no esporte, inicialmente na corrida de rua uma ótima maneira para incluir. Correndo fazemos amizades, trocamos sorrisos com os demais corredores, fazemos tudo que eles fazem e muitas das vezes fazemos melhor, o que demonstra para a sociedade um potencial do ESPECIAL. O esporte é incrível, as pessoas que ali estão possuem uma visão mais amigável, no momento das corridas não enxergam suas contas, seus problemas diários, elas vivem a endorfina gerada pelo corpo, elas abrem a mente para o novo e ali nos encontram.

Incluir não é aceitar, infelizmente nos deparamos muito com essa situação onde dizem incluir mas na verdade devido as leis eles nos aceitam. Enxergo que devemos lutar todos os dias para que nossos ESPECIAIS sejam vistos de maneira natural, sem espanto, sem dúvidas.

Gabriel tem paralisia cerebral, afetou sua parte motora, não anda, não fala, mas muitas das vezes as pessoas esquecem de ao menos lhe dar um bom dia, outros gritam para falar com ele, outros querem fazer sinais,.....um cadeirante pode ter sim várias deficiências, mas não tudo. Temos que ensinar o mundo como abordar, como lidar. Temos que ensinar aos pais como aceitar as abordagens errôneas, isso faz parte do processo de inclusão. Não podemos agir com rispidez, com olhares bravos.

Consigo enxergar cada vez mais que as oportunidades estão aumentando, que existem muitas pessoas boas no mundo, que todos fazendo sua parte conseguiremos avançar cada vez mais e mais rápido.

Sejamos fortes, tenhamos fé que o amanhã será diferente."

Beijos para todos vocês

Rodrigo, Biel, Sarah e Lavinia


26/01/2019

Eu conheci a Adriana no projeto correndo por eles. A imagem que tenho dela é de um mulher forte, com orelhas de minnie e um coração GIGANTE. Fico arrepiada só de pensar, em momentos que já a vi com as suas crianças.

Em Dezembro pedi para ela escrever sobre inclusão e na altura me respondeu que não sabia por onde começar. Sugeri escrever com o coração que algo viria especial... e realmente veio um testemunho repelto de conhecimento e amor:

"E olha eu tendo a honra de compartilhar meus pensamentos, aqueles vindos do coração, a pedido da querida Fê. Ler o blog, a trajetória de vocês, as lutas, as conquistas, a leveza e o amor da família inspiram...

O TEMA? INCLUSÃO

Eu? Mãe da minha mãe que possui sequela de AVC há 16 anos e fisioterapeuta especializada em neuropediatra há 10.

Graças a Deus, aos meus valores morais, vindo de berço, e minha trajetória de vida, meus olhos enxergam todos iguais. Falar de incluir alguém que não seja igual a mim físico ou intelectualmente, em alguma coisa mínima que seja, parece meio surreal, mas convivo num meio que, os relatos são contínuos e verídicos. Tantas dificuldades para algo simples, tantas barreiras construídas quando na verdade deveriam ser desconstruídas.

Nem precisa ser conhecedora de leis para saber que todos temos direitos iguais sem distinção de qualquer natureza. Essa informação basta e podia não ser pauta para tratar, discutir, lutar e buscar por algo que é direito e ponto. Tudo é bem complexo e DESGASTANTE.

No meu dia-a-dia com as mães heroínas, presenciando junto a elas olhares curiosos, de pena, de nojo, de críticas, de desprezo e muitos julgamentos fez eu sentir vontade de orientar com dicas simples que, com certeza, pode tornar o dia dessas guerreiras mais leves.

Para pensar e agir:

1- SE COLOCAR NO LUGAR DO OUTRO.

Antes de suspirar pq um cadeirante tá atrasando sua fila, seu passeio, atrapalhando seu caminho, que tal pensar: "E se eu estivesse nessas condições?", "E se fosse meu filho?"

2- ELES NÃO SÃO DIGNOS DE PIEDADE, APENAS DE RESPEITO.

Não tenha pena de um portador de necessidades especias e nem de sua família apenas Respeite que ele tem limitações e por isso algumas necessidades diferenciadas em certas situações.

3- NÃO INFANTILIZE. Não é pq são cadeirantes, ou possuem alguma limitação que precisam ser tratados como bebês sempre.

4- O QUE DAR DE PRESENTE? a mesma coisa que daria para outra criança da mesma idade. Pq um chocalho para uma criança de 7 anos? Não faz sentido!

5- Diante de uma criança com limitação motora (cadeirantes) e você queira saber nome, idade ou outra informação dirija-se à ela. Se ela ainda não for capaz de responder o responsável te avisa.

6- INCLUIR é fazer o aluno participar de todas as atividades propostas para a turma. Ter um mediador que o "proteja" e o mantenha destacado dos amigos não o inclui em nada.

7- TEM UM FILHO COM DESENVOLVIMENTO TÍPICO? Incentive-o ter contato com essas crianças e brincar com eles exatamente igual, lutinha, brincadeiras brutas sim, porque não? Eles amam!

8- CURIOSIDADE? Se nós temos porque as crianças não terão? Deixem eles perguntarem, respondam com naturalidade: Fulano nasceu assim e você assim. Ninguém é igual a ninguém!

9- INCLUSÃO é o privilégio de conviver com as diferenças.

Finalizo com uma mensagem para meus amigos fisioterapeutas: Quantas vezes você olhou a criança como ser humano em primeiro lugar e depois a doença? Quantas vezes você tentou criar algo novo? Surpreender seus responsáveis e a própria criança? Infelizmente você não encontrará todas as respostas em artigos científicos. Eu amo a ciência. Mas muitas coisas tive que aprender com o improviso. E o incrível, a parte mais divertida da profissão, é o improviso. Máquinas, equipamentos podem até mudar a vida das pessoas. "Mas a tecnologia nunca alcançará tão profundamente quanto a gratuidade de um gesto quando feito com amor." "

Adriana Fortino 


23/01/2019

No final de 2018 conheci melhor a Eliane, mãe da Bella, amiga de escola da Carolina. Conhecendo a sua história de vida, meu carinho e respeito por ela cresceu exponencialmente. Vejo-a como uma guerreira nata, uma mulher que luta e faz de tudo pela filha na sua batalha diária. Ela parece incansável de verdade.

Admito que as palavras em baixo, sobre inclusão, me comoveram tanto que antes de a publicar aqui no Blog, mostrei a algumas pessoas. Principalmente pela forma como o fez de coração aberto e sem tabus, sendo direta e frontal.

Assim, aqui deixo a sua visão:

Nunca convivi com ninguém com necessidades especiais, apenas conheci uma APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) em Concórdia/SC, na época que morava e fiz magistério no Sul. Naquela época não havia inclusão em escolas tradicionais.

Lembro numa visita a APAE, feita como parte da minha formação em magistério, que ao conhecer o trabalho daquelas profissionais e conhecer diversos tipos de limitações, muitas delas, graves, refleti o quão especiais eram aqueles professores, pois eu mesma não teria estrutura para trabalhar com limitações tão grandes.

Lembro-me do ônibus da APAE levando estas pessoas à escola (escola da APAE), lembro de diversas vezes acenar em resposta a um aceno deles, quando passavam com o ônibus. Sempre tão amorosos! Embora a sociedade sempre se mobilizasse para fazer campanhas de arrecadação de dinheiro pra ajudar no custeio do local, a percepção que ficava, é que eles eram diferentes, de certo modo, eram vistos como diferentes pela sociedade.

O grande ganho no entanto para toda a sociedade, foi este processo de inclusão em escolas e nos ambientes de trabalho, mostrando que na diversidade também crescemos, que todos ganham!

Eu conheci a Fernanda em uma reunião de pais, quando as turmas que eram do maternal se uniram para formarem o Pré I. A Bella, minha filha era de uma turma e a Carolina, filha da Fernanda era da outra. A princípio, por não conhecer a Fernanda, em determinado momento da reunião de pais, não recordo agora o motivo, ela começou a falar de limitações, terapias e horários da filha. Eu só pensei: Vixe! Temos uma daquelas mães neuróticas em que tudo é terapia! Até aquele momento e mais um tempinho depois, não sabia da luta da Fernanda. Passei a admirá-la ao conhecer sua luta, especificamente lendo seu blog. Hoje, todo o meu respeito é seu Fernanda! Você é um ser de Luz!!! Conviver com você também me fortalece como mãe e como pessoa!

Minha filha NUNCA comentou nada a respeito da Carolina. Acredito que os amiguinhos não a vejam como diferente, porque ela mesma não se trata como diferente. Isto é reflexo sim, dos estímulos que recebe e do núcleo familiar que também não a vitimiza, mas sim, que a desafia a ser mais!

Num convite de final de semana para brincar no parquinho, foi a minha filha "sem limitações" que chorava ao subir e passar por alguns obstáculos do brinquedo e foi a Carolzinha quem a estimulou a perder o medo. É a minha filha Bella, que nunca se apresenta nas festividades da escola, por vergonha.

Acredito que a inclusão precisa ser trabalhada diariamente não só com as crianças que convivem, mas também com os pais. Talvez, naquela reunião de pais da escola ou noutra mais específica, o assunto inclusão poderia ter sido abordado e o relato da Fernanda teria sido ótimo para nós, pois, nós pais também precisamos aprender para incluir e para que possamos interceder na educação dos nossos filhos caso houvesse qualquer questionamento da parte deles.

Fazer inclusão não é fazer um favor a quem está sendo incluído, mas é fazer um favor a nós, por provocar nosso crescimento como pessoa!

Eliane Bourckhardt


22/01/2019

No grupo de mães da escola da Carolina, pedi que escrevessem sobre a temática inclusão.

A Neide, mãe do Heitor, foi a primeira a dizer que sim. Numa conversa que tivemos num jantar, entendi melhor o lindo coração que ela tem, o quanto a sua inteligência e sabedoria juntamente toda a sua experiência ao longo da vida, até mesmo profisisonal, precisavam ser expostas aqui no Blog. Fique muito feliz quando recebi as suas seguintes palavras:

Sempre achei as crianças especiais muito especiais mesmo! Os amigos que tenho (desde a infância) com alguma limitação física ou cognitiva especial, me proporcionaram na vida, a oportunidade de conviver com o que mais admiro nas pessoas: a capacidade de ser HUMANO.Desde a escola primária eu convivi com amiguinhos especiais, e confesso do fundo do meu coração, que eu não via diferenças entre nós. As dificuldades de locomoção, sempre me fizeram andar mais devagar na companhia delas... e os papos e as risadas duravam mais no deslocamento até à escola ou indo para casa. Eu me sentia realmente no lugar do outro, sabe!À medida que fui crescendo, e entendo mais o mundo, comecei a ouvir falar em inclusão... e à esta altura eu já conseguia entender porque era importante "promover a inclusão na sociedade".Empresas, escolas, lugares públicos precisam ser regulados por regras que os abrigam a dar ACESSO às pessoas especias. Acredito que se mais pessoas tivessem esta empatia, o que seria entranho seria o não ter acesso. Estou falando das instalações físicas dos ambientes, mas principalmente da capacidade de ser acolhedor com qualquer ser humano, independente das suas características fisico-motoras.A experiência mais intensa que vivi foi durante e após o ensino médio, quando mais uma vez dividia a sala de aula com uma colega especial, que se transformou em amiga, quase irmã: Viviane.
Ela integrava meu grupo no colégio, e depois fomos trabalhar juntas na mesma empresa, e acompanhei de perto todas as dificuldades que ela encontrou, desde olhares preconceituosos, até ser culpada por um acidente em que ela mesmo era a vítima.Sempre muito competente e guerreira, nunca se limitou por nada para buscar seus objetivos pessoais e profissionais. Se deslocava de transporte público à noite diariamente por quase 60km (por trecho) para fazer a graduação que teve a oportunidade através de uma bolsa de estudos. Na sequência começou uma pós-graduação também distante de sua residência, e concluiu com êxito.Eu não vou conseguir descrever aqui como é a dificuldade de locomoção da Vivi... mas não importa, até mesmo porque isto nunca importou na minha relação com ela mesmo.Seguindo minha história, no ano passado quando mudei de endereço e matriculei meu filho (Heitor, hoje com quase 5 anos) em uma nova escola, tive a felicidade de conhecer a Carolina, que dividiria a sala de aula com ele.
Rapidamente eu olhei diferente para a dona da escola... o meu olhar era de admiração e gratidão... porque meu filho também poderia crescer convivendo com amigos muito especias mesmo!A Carolina é muito querida pelos amigos e participa de todas as atividades em igualdade... ela não se exclui, a escola não a exclui e os pais não a excluem. Portanto, não havendo exclusão, não tem que se pensar em inclusão.Eu percebo na forma como meu filho e os amigos abraçam e brincam com Carol (seja na escola ou em outros eventos), que eles não vêem diferença nela e ela também não se vê diferente. E é disto que nossa sociedade precisa...Para fechar, vou contar da minha emoção quando eu assisti Carol na apresentação de capoeira no final do ano na escola. Meu pai sempre quis que eu aprendesse capoeira, mas sempre tive medo e achava difícil... não preciso falar mais nada! A limitação e a dificuldade somos nós que criamos.Um mundo de oportunidades e possibilidades está aberto na vida da nossa Querida, Linda, Doce e Guerreira Carolina.

Neide Dantas


20/01/2019

Pedi no final de 2018 a algumas amigas, para escreverem livremente sobre o tema inclusão.

A minha melhor amiga "carioca", Lu, enviou esta linda e forte visão (bem especial, como ela é):

É difícil falar sobre inclusão. E digo isso porque, em uma sociedade justa e igualitária, esse termo nem existiria. É difícil falar sobre desigualdade, discriminação e preconceito. É um conceito que uma criança, por exemplo, não entenderia. Porque na cabecinha dela todos somos iguais.

De todo modo, especialmente quando falamos de crianças, a inclusão é um privilégio. Ter o prazer de conviver com o diferente é uma lição que os pequenos levam para a vida.

É preciso que todos sejamos defensores, não só de uma sociedade mais igualitária, mas de escolas e espaços inclusivos. Uma realidade que, infelizmente, ainda é distante do nosso dia a dia.

É comprovado que em escolas a inclusão é parte do aprendizado, por isso essa relutância de alguns pais e diretores em receber alunos em situações diferentes de desenvolvimento intelectual e físico, classe social ou cor, por exemplo, é injustificável. Se uma criança não convive com o diferente na escola, mais tarde certamente terá dificuldade para vencer preconceitos. E assim, milhares de pessoas deixam de ocupar seus espaços na sociedade.

Toda criança nasce com a questão do acolhimento bem resolvida em sua cabecinha. Vale parar para reparar! Aliás, poucas vezes paramos para ver como as crianças se comportam quando acham que ninguém está olhado, e essa é uma ferramenta de aprendizado enorme para nós, adultos. A criança não vê o diferente como fragilidade, apenas como diferente. A criança acolhe sempre. É com o passar dos anos que passam a reproduzir os preconceitos que nós, adultos, não conseguimos disfarçar por não saber como lidar. 

Não vejo inclusão apenas como papel dos educadores. Nós, pais, somos os principais responsáveis por ver o outro, mostrar aos nossos filhos o diferente não como se fosse igual, mas como normal. Parece complicado? De forma alguma! Incluir nada mais é que nossa capacidade de entender e reconhecer o outro.

Estamos criando a geração que possibilitará que cada cidadão viva sua vida por inteiro. É a era da empatia. Nossos filhos são aqueles que, hoje, sabem que não é possível viver sem considerar o outro, sem valorizar individualidades e critérios de inserção.

Agora é só deixar essa geração linda e pura dominar o mundo, sem influências! Que assim seja!

Luciana Baroni


17/01/2019

Conheci a História da Alessandra através de um canal que eu sigo e adoro, Amar Maternidade e fiquei muito emocionada com a história da jovem mãe guerreira Alessandra. 

No vídeo essa corajosa mãe pede ajuda e diz que deseja a inclusão para o seu filho, relatando um episódio escolar.

Conversamos as duas e sugeri que fizesse um pedido de ajuda para partilhar aqui no blog, na esperança de ajudarmos o denguinho (forma carinhosa como chama o filho) com maior rapidez.

Deixo aqui as suas palavras de pedido de ajuda:

"Eu me chamo Alessandra, tenho 20 anos e tenho um filho especial. Ele se chama Ederson Henrique conhecido como denguinho. Ele tem 3 anos e um diagnóstico de paralisia cerebral e microcefalia. Hoje estou numa luta muito grande. Estamos fazendo uma campanha para conseguir um carrinho terapêutico kimba neo ortobook para meu filho, uma vez que o valor é bem alto e infelizmente não tenho condições. 

Estou em busca também de tratamento pelo método o bobath e o therasuit, onde tudo é extremamente caro e pelo grau de paralisia do meu filho seria excelente para o seu desenvolvimento. O SUS não fornece essa assistência e estou nessa angústia de conseguir tanto o tratamento adequado como o carrinho terapêutico.

Assim, humildemente do fundo do coração de uma mãe angustiada, peço a ajuda de todos vocês. 

Que Deus abençoe cada um de vocês. 

Alessandra Ferreira"

Link da Vaquinha para ajudar: https://vaka.me/fbzntz 

Instagram @edersondengo 



20/12/2018

Hoje acordei com um convite... um dos mais honrosos, do ano: escrever no blog da Guerreira Carolina (www.guerreiracarolina.com.br) que nasceu para ensinar, o quanto precisamos aprender e, agradecer pelas conquistas diárias. 

A mente questionou a razão: você vai falar o quê sobre o tema inclusão?

Meu coração respondeu: escreva sobre o RESPEITO ao próximo.
Eis me aqui, então... Inclusão é algo que, embora necessário, incomoda-me, porque não haveria motivo para incluir, se não houvesse exclusão de direitos garantidos, a todos.
Nossa Lei resguarda direitos iguais, sem distinção. Mas, na prática misturamos direitos e deveres e, fala-se, com orgulho da inclusão, como se fosse um grande feito ou favor, conceder direito a quem já nasceu com todas essas garantias.


O início do aprendizado

Meu nome é Lílian Andrade, 39 anos, mãe do Mateus, de 14 anos e, em 2017, tive a oportunidade de conhecer, em uma corrida de rua, a dupla Peterson e, seu filho Emmanuel, o "Manu", desde então, nunca mais consegui ser igual. Confesso que fiquei atordoada, por um tempo, e tentei entender onde essas famílias estavam escondidas..
Por que não encontrava mais "Manus" por aí? Na escola, do meu filho, não havia um Especial sequer. Meu coração foi sendo dilacerado pelos desafios que as famílias enfrentavam. E, se fosse o meu filho, Deus?!
Decidi agir e enviei um email para a Vara da Infância, responsável pelo meu bairro, solicitando uma autorização para levar meninos(as) Especiais, abrigados, no RJ para corridas de rua.
Meu desejo mais honesto: proporcionar, ainda, que por poucas horas, vento no rosto e sensação de pertencimento social, doar amor seria consequência.
Desejava que os Meus futuros amigos, Especiais, sentissem o que Peterson e Manu sentiam, quando corriam.
Tudo que tinha: uma vontade, louca, de cuidar, amar e levar alegria aos "excluídos de uma vida social", tutelados pelo Estado.
E, foi dessa forma, que escrevi para Juíza e, honrosamente, recebi uma mensagem: "procure o Lar tal e, veja o que consegue".
Uma mistura de responsabilidade e alegria agigantou meu ser.
Os mais próximos foram preconceituosos, hoje, já estão rendidos e apaixonados por nossos amigos peculiares...porém, nada iria impedir aquela vontade de fazer alguma coisa, por aqueles meninos Especiais.
Após, 3 meses, e com a ajuda dos melhores parceiros do mundo, levamos nosso primeiro amigo Especial, do Lar Maria de Lourdes, RJ, para corrida da LIBERDADE.
Vencemos os entraves da lei, igualamos esse Herói, e mesmo sem conseguir proferir uma única palavra, a gratidão no olhar daquele menino hipnotizou a todos. Não tínhamos mais o direito de parar. Inclusão, então? Não. Direito. Direito de ser respeitado de forma plena.


O encontro com as famílias

Em pouco tempo, surgiu um nobre convite: ser integrante da Família Esquadrão Azul Brasil, que promove a qualidade de vida de filhos "deficientes, mas, totalmente EFICENTES". E, lembrar, desse dia, sempre engradece e emociona meu ser, porque mesmo não tendo nenhum Ente Eficiente, em meus dias, o Esquadrão Brasil foi generoso e, concedeu-me a chance de interagir com aquelas Famílias, sensacionais.
E, lá dividimos para somar e compartilhamos para nos fortalecer, diante dos inúmeros desafios, dos nossos queridos, Especiais.
No mês seguinte, o Projeto Empresto Minhas Pernas chegou, ao RJ. E, fui aprendendo com aquelas famílias, algo que não se aprende nos livros...
Em seguida, um novo e encorajador Projeto surgiu, o Correndo Por Eles, no qual sou voluntária, assim como, outro encantador, Projeto Voluntário e Colaborativo que busca fazer o Bem, por meio de esportes, o Correr Pelo Bem.
Hoje, essa rede de Direitos e, não inclusão, cresce a todo Vapor, inclusive, com outras frentes de Amor que são baseadas no respeito ao próximo e, não nas deficiências humanas. Porque deficientes todos, nós, somos!

O aprendizado e as sementes

Talvez, esse meu chamado, aprender com essas Famílias, que são incansáveis em suas rotinas e privações, restaure e propague, ao meu redor, algo que carecemos: Amor e respeito. Ninguém é obrigado a Amar ninguém, mas é obrigado a RESPEITAR o outro, seja especial ou não, idoso ou criança, mulher ou transexual, negro ou albino, ateu ou religioso...


Mensagem de gratidão às famílias, aos Especiais, idosos e excluídos de direitos

Enxergo suas lutas, não posso mensurá-las, mas apresento-me como parceira comprometida, com seus desafios, sentimentos, lágrimas e sorrisos.
Admiro o amor incondicional, a resistência, persistência e um algo mais que há em cada um, de vocês. Coloco à disposição os meus ombros, palavras, carinho, bens e, esse amor que transborda, aqui, em meu peito.
Não desejo notoriedade, tampouco aplausos. Quero que seus filhos sejam atingidos por todos os direitos e deveres que o meu, menino, possui, pois isso é igualdade, diante das diferenças.
Quero que cada ser Especial seja amado por sua eficiência e não por sua deficiência.
Que crianças respeitem crianças, que escolas tenham sensibilidade no igualar os diferentes e, que nas reuniões de responsáveis, possamos cuidar de todos e, não apenas dos considerados não deficientes.
Que possamos enxergar o outro, além das limitações físicas, porque amor está no olhar, no agir, sorrir, no acreditar em nossas virtudes e qualidades, até porque é muito melhor EXISTIR DE DENTRO PARA FORA.

Amor está em nós basta praticá-lo.

Muita grata por mais essa oportunidade, meus amigos Especiais.


Com um imenso carinho.

Lílian Andrade